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Fui e voltei. O tempo que ao início parecia muito, depressa se transformou em escasso, insuficiente para de ti matar saudades e do mundo que agora te rodeia tomar perfeito conhecimento. Mas, ainda assim, foi possível tirar alguns snapshots mentais da Holanda e dos holandeses. Não serão de todo correctos, porque as primeiras impressões podem ser enganadoras, tanto para o melhor como para o pior mas a verdade é que, após os primeiros três dias - em que tudo e todos me pareciam estranhos - senti que, sim, essa é uma terra onde não terei problemas em viver e onde a adaptação não será penosa. O povo e a língua é algo a que terei de me habituar, mas, há que deixar ao tempo aquilo que é apenas dele.

A minha primeira grande impressão foi a de que tudo é castanho. Como no Porto tudo é cinzento, na Holanda, em Haia (Den Haag), é tudo castanho. As casas, que são feitas com tijolos castanhos mais ou menos claros ou a puxar para o vermelho e o pavimento das ruas que, na sua grande maioria – acho que não exagero – são calcetadas com esse mesmo tijolo.
Claro que, com o avançar dos dias, percebemos que o castanho, apesar de predominante, não é a única cor que existe. Lá pelo meio aparecem algumas casas brancas, outras amarelas, cremes e algumas com retoques verdes. Tudo para todos os gostos. O verde dos jardins e o colorido das flores que começam a despontar pelas ruas, nas árvores e nos canteiros, também ajudam a amenizar o ambiente e, ao fim de algum tempo, tanto castanho já não nos provoca confusão.
Claro que, com o avançar dos dias, percebemos que o castanho, apesar de predominante, não é a única cor que existe. Lá pelo meio aparecem algumas casas brancas, outras amarelas, cremes e algumas com retoques verdes. Tudo para todos os gostos. O verde dos jardins e o colorido das flores que começam a despontar pelas ruas, nas árvores e nos canteiros, também ajudam a amenizar o ambiente e, ao fim de algum tempo, tanto castanho já não nos provoca confusão.

A segunda coisa em que se repara é nas janelas das casas. Invejavelmente grandes. Grandes e graciosas. Despudoradamente sem cortinas, deixando para o olhar alheio o interior das salas e os momentos da vida. Grandes para que a luz, tão escassa nesses países do norte, não encontre obstáculo e aqueça e ilumine a existência.
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